domingo, 21 de outubro de 2012

Filho é motivo de infelicidade entre casal?

Lendo a reportagem publicada pela Revista Época dessa semana, referente a mudança que a chegada de um bebê promove na vida de um casal, escrevo aqui sobre minha opinião a respeito, buscando trazer aos leitores uma certa compreensão sobre o assunto.

Já ouvi  frases como "trabalho dobrado, alegria dobrada", ou triplicada... referente a pais de gêmeos. É certo que uma criança requer cuidados e atenção, principalmente os recém-nascidos, que dirá dois ou três. Para a mulher, as mudanças já ocorrem deste o início da gestação com a transformação do corpo e da mente, que traz a tona anseios, dúvidas e emoções próprias da maternidade. Para o homem essas ocorrências acontecem de modo mais pontual e restringe-se ao seu psicológico. O fato é que a mudança acontece e tem trazido discussões como depressão pós-parto, separação de casais, insatisfação pessoal e o despreparo dos pais.

A reportagem aborda o fato de muitas mães reclamarem do "cansaço, estresse e isolamento social" ocasionados pela chegada do bebê e me pergunto: Quais eram as reclamações dos meus avós paternos, que tiveram sete filhos? E os maternos que tiveram doze? Esse assunto me trouxe uma sequência de questionamentos: Se hoje há uma série de mecanismos que facilitam os cuidados, por que tantas reclamações? Fraldas descartáveis, chaleiras que apitam quando a água ferve, babás eletrônicas, lenços umedecidos, diversos tipos de pomadas para assaduras, travesseiros de apoio para amamentação, shoppings e supermercados com fraldários, planos de saúde, uma melhoria no SUS (comparado com 30 anos atrás ou mais) e um maior número de hospitais infantis, livros e sites especializados. ONGs e Instituições para mães carentes... Por que é mais difícil hj? Quem mais reclama? Os casais com poucas condições financeiras ou os de melhores condições?

Bom, será que o problema está na chegada de um filho ou no modo como se quer viver no mundo com um filho? Hj a mulher tb trabalha e participa das despesas domésticas tanto quanto o homem. A sociedade mudou a estrutura familiar, a quantidade de filhos diminuiu na maior parte do mundo e o que se pensava ser um motivo de realização para um casal, tem sido alvo de insegurança, onde alguns casais optam por não terem filhos pelo receio do que essa mudança possa ocasionar em suas vidas.

A mídia, o consumismo e os novos interesses sociais, permeiam o mundo da mulher atual, influenciando no entendimento de como se satisfazer dentro de um perfil ditado pelo novo modelo social.

A minha crítica está na responsabilidade atribuída a criança que chega, já que “esse certo grau de infelicidade” pode estar associado a outros fatores, como: vício de queixas e lamentações, ausência de planejamento familiar, inexistência de diálogo entre o casal, valores morais e a resistência aos diversos tipos de mudança, que nesse caso seria o amadurecimento que a maternidade e a paternidade resultam.

Por isso a minha dica pra quem está enfrentando esse tipo de conflito é a percepção do amor que um filho promove. É o exercício da reflexão a cerca do que realmente importa e na capacidade de doação que existe naturalmente no ser humano, exemplificado na relação entre pais e filhos.


Referência:

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/10/filhos-e-felicidade.html, acesso em: 21out. 2012









  


Um comentário:

  1. Pois eh Kelzer, acho super legal a postagem, ao meu ver não é o "filho" que vem a trazer "problemas" aos pais. São os pais que não estão mais preparad@s ou comprometid@s com as responsabilidades de educar uma criança.

    ResponderExcluir