Observando as campanhas em prol
da vida e contra o aborto, resolvi relatar um dos aspectos que considero mais
importante sobre assunto: A vida intra-uterina!
Se acreditarmos em uma religião, entendemos
que a vida é algo concedido por Deus. Se não, devemos ser contra o aborto, por
quê?
No artigo III da Declaração Universal dos
Direitos Humanos afirma-se que toda pessoa tem direito a vida e através da Ciência
podemos obter informações sobre o desenvolvimento do feto em todo o período
gestacional.
Pesquisas relacionadas através da
Psicologia já descobriram que o feto responde as reações emocionais da mãe e
que dependendo do nível de angústia e estresse pode acarretar traumas e diversos
problemas de saúde. É certo que as emoções produzem substâncias químicas na
corrente sanguínea pelo sistema nervoso materno que atravessa a placenta
modificando bioquimicamente o ambiente de desenvolvimento do feto. Daí a importância
de uma gravidez tranqüila e serena para a saúde dos dois. Sob este aspecto como
se sente um feto de uma mãe angustiada diante da perspectiva de um aborto? Das
mães viciadas? Das mães agredidas fisicamente ou verbalmente por pessoas que ama
como cônjuges e familiares?
O que grande parte da sociedade
desconhece é que um feto reage a estímulos, chupa o dedo, sorri, chora, boceja,
soluça, alimenta-se do liquido amniótico regulando o volume de ingestão, escuta
os sons maternos e paternos, dorme, acorda e sonha! Em 1998 a revista Época,
edição 28, publicou uma matéria em que a psicanalista Joanna Wilheim, afirmou
que através dos sonhos, o feto “memoriza, elabora e integra os dados sensoriais
de sua experiência”. Segundo ela, ele se prepara desse modo para a realidade
que enfrentará depois de nascer.
Algumas vezes ouço de mães
reclamações quanto ao sono agitado do bebê, insônia e inquietude quando
desperto. Pergunto como foi o período da gravidez e para esses casos até hoje
não encontrei nenhuma que dissesse: foi muito tranqüila! A falta de dinheiro e
problemas familiares são motivos de estresse das mães que vivem em extrema
pobreza. Já as que possuem melhores condições financeiras, os problemas
familiares também interferem bem como a agitação da vida urbana como trânsito e
medo da violência, além da elevada carga horária no trabalho e seus problemas.
Diante da certeza que o feto possui
uma vida psíquica, por que algumas pessoas ainda crêem que fazer aborto não é
nada mais do que retirar um feto? E que esse feto não sentirá dor, sufocação
e/ou desespero? Isso não é um fato isolado apenas de países subdesenvolvidos ou
em desenvolvimento. É grande o número de casos em países ricos, com pessoas intelectualmente
preparadas. A que se atribui tal atitude?
Particularmente eu relaciono a
ausência de sensibilidade. Algo relacionado a uma personalidade egocêntrica preocupada
com o “eu” no primeiro momento, o que não quer dizer que esse indivíduo imaturo
no modo de sentir, não possa adquirir um entendimento maior a cerca da vida
posteriormente. É comum as mulheres arrependerem-se e traumatizarem-se depois
do ato. O medo da reação familiar é um dos principais motivos de abortos
praticados por adolescentes, retratando um contexto familiar autoritário ainda.
O receio da situação financeira que uma criança possa ocasionar na vida de um
casal ou a instabilidade da relação é o principal motivo nos adultos e tanto para
eles como esses adolescentes, o medo do “futuro” é o motivo em comum.
O imediatismo, causado pela insegurança
de algo que ainda não se sabe como irá se estabelecer ocasiona fatos como
abortar um ser que sente, reage, pensa, mas que ainda não tem condições de se
defender.
Referências:
http://epoca.globo.com/edic/19981130/capa1.htm acesso em 10nov. 2012
http://guiadobebe.uol.com.br/a-vida-emocional-do-feto/ acesso em 10nov. 2012