quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quais os valores da juventude na atualidade?

Notícias tristes ocorrem diariamente nos noticiários e internet, mas jovens suicidando-se chamam muito a minha atenção. Nas últimas semanas duas jovens se suicidaram por motivos semelhantes. Uma porque um vídeo dela praticando sexo com um casal de amigos circulou no whatsapp. A outra, porque possivelmente um ex-namorado com raiva, publicou fotos dela nua, nas redes sociais. Ele estaria com raiva porque ela estava com outro. Muitos pontos perpassam meus pensamentos... O primeiro deles é: quais os valores dessa geração? Como estão sendo educados? Seria ousadia e até falta de respeito da minha parte responsabilizar os pais pelo suicídio de ambas, até porque suicídio é uma atitude que parte da vontade do próprio ser e não sabemos como elas foram educadas. De modo geral, todos sabem que no período da adolescência muitas crises e alterações de comportamento podem ocorrer. Muitos enfrentam momentos de rebeldia e assim como as crianças, o período exige limites. Eles ainda não possuem experiências suficientes para enfrentar os desafios que encontramos quando adultos. Nessa fase a sexualidade é algo a ser descoberto, não me refiro ao sexo propriamente dito, mas as situações que envolvem o assunto. As emoções, as sensações e o desejo despertam pararelamente a insegurança, a inexperiência e muitos outros conflitos. O que fazer?

A família é o ponto fundamental para uma boa formação da personalidade. Eu digo sempre que é em casa que o indivíduo deve aprender a ser uma pessoa de bem, a entender o princípio de honestidade, a conhecer quem é Deus, o que representa Jesus para humanidade. O acolhimento familiar nos ensina a sermos fortes e a saber enfrentar desafios. Eu costumo dizer sempre para as mães do grupo de gestantes do qual sou voluntária, que é importante ensinarem os filhos a conversar com Jesus, diariamente! Percebo que nos dias de hoje, há uma política nas famílias de deixar os jovens livres para escolherem o que querem fazer, ser. Resultado da educação repressora do passado. É importante que haja um meio termo. O que ocorria no passado era imposição, atualmente é preciso haver educação. Educar significa dar o exemplo, primeiramente! Falar a verdade, reconhecer erros, dialogar e o mais importante dar amor. Não basta amar e imaginar que o(a) filho (a) descubra ou saiba disso por si, é preciso cuidar, fazer demonstrações de amor. Há pessoas que tem dificuldades de dizer que ama, então demonstre! Convide seu filho para um passeio a dois, escolha um dia para ver fotos antigas e rirem juntos, assistam um filme e desconstrua o que achar errado, brinquem, conheça os (as) amigos (as) dele ou dela. Apresentem valores sociais aos seus filhos! Visitem um hospital de crianças com câncer, um orfanato, um asilo de idosos. Digam o que pensam a respeito do comportamento de alguns artistas e pessoas famosas, procurem debater sobre o assunto e não impor sua opinião, assim vc saberá o que ele acha a respeito, além de passar a sua. Os pais não tem ideia do quanto as opiniões deles são importantes aos filhos e acreditem, mesmo que naquele momento eles não os levem a sério, um dia entenderão, afinal de contas não foi assim também com eles?

Voltando ao exemplo das jovens, o segundo ponto é referente a mídia e as redes sociais. Eu estava na academia há algumas semanas e vendo a TV por volta de 17h30, do qual passava um programa voltado para adolescentes naquele horário. Os jovens estavam em uma festa a fantasia e uma das personagens vestida de diabinha dançava sensualmente, mas assim, sensualmente mesmo! Na hora pensei nas minhas primas ainda crianças, estariam elas assistindo? Algum adulto estaria por perto para explicar que aquele comportamento é desnecessário? É bom que todos saibam que as pessoas se sentem atraídas fisicamente por alguém, mas é a personalidade e o comportamento que darão sentido a relação. E aí, lendo sobre as jovens suicidas pensei onde e se a primeira delas havia assistindo filmes eróticos e sentido vontade de praticar. Pensei na segunda jovem ter se deixado fotografar para satisfazer o namorado. E por último pensei, na facilidade que as pessoas tem em compartilhar imagens e vídeos de conteúdo irrelevante. Sabe aquele ou aquilo que nada agrega na vida da gente? E se fosse seu filho (a), irmão (a), primo (a)...

O terceiro aspecto é referente aos homens. Pq ao compartilharem o vídeo, "o feio" fica só para as meninas? Quer dizer que ir pra cama com duas, demonstra virilidade? O menino, no caso, não é ridicularizado? E se fosse um homem, seria? Também to aqui pensando se estariam sóbrios. Teriam bebido algo? Por que em pleno século XXI a sociedade ainda considera algumas atitudes normais para os homens e anormais para as mulheres? Na outra situação, se ficar comprovado que foi o ex-namorado que postou as fotos, acredito que tenha feito isso por vingança. Mas vingança de que mesmo? Ela seria obrigada a ficar com ele? Não poderia se apaixonar por outro? Digo e repito, é preciso ensinar as pessoas que na vida há perdas e ganhos. O indivíduo que acha que tudo gira em torno de si, fica transtornado quando isso não acontece e isso vale para crianças, jovens e adultos, independente de ser homem ou mulher. Já ouvi tanta história de mulher que rasga roupa do marido quando ele a deixa, de homem que mata a esposa e vice-versa. Precisamos conhecer nossas emoções.

E por último o suicídio. Não posso perder a oportunidade de dizer que trata-se de um crime aos olhos de Deus! A vida é uma oportunidade. Nesse momento, milhares de pessoas lutam em hospitais para viverem um pouco mais. Destruir a nossa é um desrespeito. Além disso o suicida leva consigo sequelas para outras encarnações e ao cometer o ato descobrem que a vida não se rompe com a "morte", tão pouco os problemas.

Segue o link dos sites sobre as reportagens:

 http://www.noticiasdeurucui.com.br/noticias/jovem-piauiense-anuncia-morte-pelo-twitter-apos-video-intimo-sair-no-whatsapp-12925.html

http://www.sidneyrezende.com/noticia/220283+menina+se+suicida+depois+de+rapaz+vazar+fotos+intimas+na+internet



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Será que só precisamos ensinar o indivíduo a dizer "não" para as drogas?

Estudando os assuntos que norteiam a temática da dependência química, pude conhecer melhor os aspectos que envolvem um indivíduo na utilização de alguma substância psicoativa.

Primeiro que não se trata de algo recente, das três últimas décadas, como muitos acreditam. O ópio é um exemplo de narcotico utilizado a séculos como forma de "sair da realidade" e obter alguma tipo de alteração no sistema nervoso, que muitos pensam ser prazer.

Resolvi expor o "prazer" no sentido dúbio, por entender que o prazer para ser satisfatório necessita ter ligação com o bem estar do indivíduo, algo que o usuário descobre em pouco tempo não existir. É certo que cientificamente o sentido de "prazer" está correto, por entender que as alucinações causadas acionam a região do cérebro responsável por tal sensação. Doce ilusão, na minha opinião.

Passados os tempos, o ser humano encontrou novos vícios, novas sensações. A maconha, a mais comum dessas susbtâncias é considerada a porta de entrada para o uso de drogas consideradas "pesadas", segundo especialistas. Ou seja, para o uso de substâncias com efeitos mais fortes. O álcool, segundo eles, também apresentado pela sociedade como inofensivo, potencializa essa possibilidade. Entendam o que quero dizer: Um indivíduo bêbado, usuário de maconha em meio a outras pessoas utilizando outras substâncias pode vir a experimentar algo mais forte. Ou não? Isso vai depender de algo que está intrinsecamente ligado ao uso de substâncias psicoativas, a Emoção.

As condições emocionais do indivíduo é que determinam o SIM e o NÃO para o uso, como também se será dependente ou não. E esse é o ponto do meu texto! A minha observação é o quão frágil emocionalmente é um dependente químico. Se pensarmos na quantidade de pessoas depressivas e infelizes, de jovens revoltados com a ausência de amor, de homens frustrados com algum tipo de fracasso, de vidas vazias em busca de emoções que possam suprir algo, entendemos a realidade do mundo em que vivemos, bem como o aumento do consumo de entorpecentes.

Há adolescentes que entram no vício para satisfazer um namorado (a). Engano! Entram por serem inseguros, por medo que o(a) namorado (a) o (a) abandone. Oh! O quanto é difícil ser rejeitado, afinal de contas cresceram para vencer, não é verdade? Calma, que não estou afirmando o contrário. Não devemos ensinar nossas crianças e jovens a perder, mas ensina-las a lidarem com a perda.

Há homens de negócios, que se tornam alcoólatras, pela necessidade de fazer parte de um meio social, por terem fracassado profissionalmente ou na vida pessoal. Engano! Entram porque são potencialmente orgulhosos e vaidosos, por não suportarem a crítica das pessoas, por vergonha do que os outros poderão dizer. Oh! Como é vergonhoso o que os outros irão pensar! Afinal, por algum motivo necessitam sentirem-se superiores sempre. Há músicos, que assim como o exemplo acima não sabem o significado de fracasso e para tanto não compreendem o sentido de perda e se afundam naquilo em que se acostumaram a usar como objeto de "prazer".

Há mulheres (e homens também), que se tornam dependentes por não suportarem a rejeição do ser amado. Quantas pessoas conhecemos que bebem desesperadamente, na esperança de "esquecer as mágoas". E quantas são as ocasiões em que outras substâncias surgem nesse momento. Oh! Como ser "abandonado" por alguém fere o orgulho do ser traído, trocado. Quanta culpa, tristeza e desespero já tivemos a oportunidade de presenciar.

É claro que os exemplos citados estão generalizados, mas convenhamos que são bastante comuns. A questão é entendermos a origem de nossos problemas, as dores emocionais, a culpa e os traumas (Se pensarmos pela linha de Freud). Entendermos o cuidado que devemos ter na educação de um ser humano, o amor que devemos dar a uma criança e adolescente, a compreensão que devemos ter com um indivíduo dependente. Ao generalizar e ser um pouco sarcástica nos exemplos, busquei apenas trazer uma melhor compreensão do que me propus a escrever, mas na realidade, entendo que cada ser humano é alguém diferente do outro, com uma individualidade própria, com uma história de vida própria, com um modo diferente de sentir.

Dois irmãos podem ser criados com as mesmas condições, com os mesmos "sins" e "nãos", mas um deles pode ter um modo diferente de entender essas interjeições e construir uma estrutura emocional psíquica frágil, suscetível as ilusões do mundo, cabendo aos adultos de um modo geral, pais, avós, tios, padrinhos, professores e religiosos no papel de educadores, valorizar os atributos morais de humildade, amor e respeito consigo e com o próximo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Vc tem certeza que a palmada funciona?


Muito tem se falado sobre a eficácia da palmada ou mesmo a surra como punição por indisciplina infantil e quem me conhece sabe que sou contra.

Esse tipo de punição, nada mais é  do que um modo de correção com o uso da força física, com o objetivo de causar dor  suficiente para mudar o comportamento da criança.  Pesquisas mostram que o castigo corporal influência negativamente a saúde mental da criança.  O que isso que dizer? Que a criança que passa por esse tipo de situação,  pode ter depressão (Csorba et al., 2001); TURNER; FINKELHOR, 1996), crises de ansiedade, infelicidade (EAMON, 2001; LAU et al., 1999), dentre outros tipos de instabilidade emocional,  como falta de auto-estima, transtornos alimentares e agressividade ( DURANT et al., 1994).

E vamos ser francos! Ninguém bate em uma criança quando está calmo. Há sempre um sentimento de raiva, misturado há outros que não apresentam nenhum sintoma de equilibrio emocional durante o ato. Mesmo em uma simples "palmadinha", não é verdade?

É muito comum as crianças que apanham, apresentarem comportamentos agressivos. Observem também que quanto mais apanham, mais indisciplinadas são e é exatamente isso que me chama a atenção.  Por que crianças com uma facilidade para entender os mais diversos assuntos do mundo de hoje, se permitem apanhar mais de uma vez pelo mesmo motivo? Teimosia? Gostam de sentir dor?

Embora esse tipo de punição tenha como objetivo agredir apenas o corpo, na maioria das vezes é o emocional que mais se atinge.  Ás vezes, a pancada nem doe tanto assim, mas só o fato de partir de alguém que se ama muito, a dor parece multiplicar-se a cada ato.

Interessante pensar nisso! Conheço pessoas que apanharam quando crianças e que no papel de pai ou de mãe são totalmente contra a esse tipo de punição. Talvez porque lá no fundo, no resgate de suas lembranças infantis,  alguma cicatriz emocional possa se romper?

O que se fazer então para dar os limites que o período da infância requer?

O caminho para uma disciplina infantil eficaz está sempre  em como os pais previnem determinadas atitudes, no exemplo que dão aos filhos e no modo de expressar carinho e diálogo.  Nos casos de punição,  sou a favor dos métodos atuais utilizados nas instituições de ensino, como cantinho do pensamento,  da disciplina ou mesmo a restrição de privilégios (bicicleta, vídeo game, DVDs...)  promovendo a ideia de  responsabilidade pelo ato cometido.

Um diálogo firme, olho no olho, onde o adulto se abaixa e fica frente a frente com a criança,  tem tido excelentes resultados. A conversa com tom de voz suave, transmitindo preocupação com a atitude da criança e uma postura de amor, demonstra a ideia de "não vou fazer mais, porque não quero decepcionar o papai ou a mamãe".

Fazer as crianças repararem os seus erros, também é um método bastante eficiente.  Pedir desculpas,  limpar o que sujaram, consertar...

Dependendo do caso e da idade, prestar serviço a comunidade, como visitar orfanatos,  hospitais e instituições carentes é muito favorável.  As vezes um simples passeio pelas ruas da cidade, mostrando crianças desprovidas de seus direitos,  transmite um bom efeito.

O importante é entender que um castigo corporal pode ocasionar danos no desenvolvimento psíquico e emocional do ser quando adultos, fazendo certos pais repensarem tais atitudes.

Procurem ler a respeito desse assunto e entenderão o que estou dizendo!