quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Exemplo!


No fim da semana passada, um grande exemplo de ser humano deixou a terra. Nelson Mandela, trouxe sua contribuição para transformação do mundo, trabalhando por justiça social, igualdade entre os povos e principalmente contra a discriminação racial.

Considero importante que pais e educadores divulguem seus discursos, para que permaneçam incentivando futuras gerações a pensarem em uma vida mais digna e justa socialmente.
Dentre suas falas, duas me chamam bastante atenção:

 "A paz não é simplesmente a ausência de conflito, a paz é criação de um entorno em que todos possamos prosperar, independentemente de raça, cor, credo, religião, sexo, classe, casta ou qualquer outra característica social que nos distinga. A religião, as características étnicas, o idioma e as práticas sociais e culturais são elementos que enriquecem a civilização humana, que se somam à riqueza de nossa diversidade. Por que deixar que se convertam em causa de divisão e violência? Estaríamos degradando nossa humanidade comum se permitirmos que isso ocorra". (Nova Délhi, Índia, 31 de janeiro de 2004)

“ A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”

Sobre a paz, essa é uma das falas mais enriquecedoras que eu já li. Estar em paz, não significa apenas não brigar, não discutir, mas um estado interno de esperança, de fé em que tudo pode dar certo. E em seu exemplo, ele engloba tudo que permite a união entre os povos e a importância de não fazermos da religião, etnia, idioma e práticas sociais, motivos de conflitos.

Referente a educação, essa é na minha opinião uma das brilhantes falas sobre o assunto. As pessoas precisam conscientizarem-se que através do saber a vida ganha formas, novos rumos, construindo em torno de todos as mudanças almejadas por todos que buscam um mundo melhor.




terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Os processos avaliativos são eficazes no meio educacional?

Pesquisas apontam que a nossa memória retém 90% do que fazemos, 70% do que falamos, 50% do que vemos e escutamos, 30% do que vemos, 20% do que ouvimos e 10% do que lemos. Isso me traz a reflexão: o sistema de ensino é eficiente ao aprendizado? A maioria das instituições utiliza como método aulas onde um professor  fala enquanto o aluno ouve e apenas 20% de todo esse falatório será memorizado? Bom, isso dependerá também do professor utilizar novas tecnologias em suas aulas, apresentar vídeos e do esforço do aluno em rever o conteúdo.

O que pensar então do período de provas, ENEM, vestibulares e concursos? Esses processos avaliativos são eficazes para medir a capacidade de um aluno? No último fim de semana presenciei minha prima chegando de um vestibular visivelmente cansada, física e psicologicamente. Foram 4 horas de provas pela manhã e 4 horas de provas a tarde. Fico me perguntando se as avaliações foram capazes de medir tudo que ela estudou durante o ano. E pior, é possível avaliar através de uma ou mais provas se o aluno tem aptidão para exercer determinada profissão?

Tenho visto no mercado de trabalho, profissionais insatisfeitos, pessoas exercendo funções incompatíveis com suas capacidades e muita gente competente que poderia estar ocupando alguma vaga mais apropriada com suas competências. Há médicos que estudaram em excelentes colégios, sempre foram estudiosos, passaram no vestibular, mas não possuem o menor trato com as pessoas.Há psicólogos que parecem mais técnicos das teorias e abordagens utilizadas, do que propriamente um profissional que trabalha com vidas humanas. Há professores que escolheram a profissão pela "facilidade" em ingressar no ensino superior, mas que não possuem paciência para ensinar e há advogados sem nenhuma habilidade para área, mas que sempre foram bons alunos tiraram boas notas e por isso passaram no vestibular, no ENEM, na OAB... Controverso!

Há também muitos outros que poderiam ser excelentes médicos, enfermeiros, advogados, psicólogos, professores ou algum outro tipo de profissional, se tivessem seguido o padrão do sistema e tirado boas notas, se "matado" de estudar para conseguir a tão sonhada vaga na universidade.

Mas o aluno deve sempre estudar para tirar boas notas! O que há de errado, então? Os processos avaliativos! São eles que estão errados.

E isso desde o ensino fundamental. A impressão que tenho é que o sistema de ensino desconhece que alunos são serem humanos, trazem para as instituições de ensino a bagagem cultural, social e pessoal que enfrentam em suas vidas. As emoções são próprias de cada ser e isso é preciso ser visto, respeitado e analisado no processo de aprendizagem. O período de provas e trabalhos é cansativo, desgastante. Compromete o aprendizado. Se a nossa memória atua com algumas porcentagens para memorizar informações, como será que ela funciona em momentos de estresse? A pressão psicológica da família, da sociedade, da escola para que um aluno passe no ENEM, em minha opinião é altamente agressivo para a estrutura emocional de quem está buscando uma oportunidade. Os riscos de frustração (não são todos que sabem lidar com isso), de ansiedade crônica, baixa auto-estima, distúrbios do sono, distúrbios alimentares e doenças como crises de enxaquecas ou gastrite são exemplos das conseqüências que um estudante pode obter nesse período.

Eu já ouvi muito essa frase: "Fique tão nervoso (a) que esqueci tudo". Os que dizem isso, não estavam seguros o suficiente para passar. E isso não quer dizer que não tenham estudado, pelo contrário, estudaram muito, mas o medo de frustrar os pais, a escola, os amigos e a si mesmo, geram esse nervosismo. Quantos bons profissionais desistiram de um sonho profissional e escolheram outra profissão pelo cansaço das tentativas?

Esse medo também acontece no ensino fundamental e médio. O período de avaliações causa o mesmo estresse emocional e também pode gerar problemas de saúde. O problema está em se avaliar um aluno, pensando apenas no melhor para a instituição. Por que as avaliações não são feitas ao longo do semestre em vez de apenas no final. Por que precisa sempre ser feita por meio de provas, enquanto há trabalhos, apresentações e atividades lúdicas que poderiam substituir esses processos, em vez de apenas contar pontos ou somar a nota? Por que os vestibulares ou ENEM não poderiam ser feitos em dois finais de semana e os alunos escolherem se gostariam de fazer ou não a redação ou determinada disciplina, como acontece com as línguas estrangeiras?

Bom, o que percebo é que algo precisa ser mudado! E esse excesso de informações revistas, pensando em melhores condições de aprendizagem para o aluno.