domingo, 14 de dezembro de 2014

O que significa Natal pra você?

Eu sempre gostei do Papai Noel. E do Natal. E do Presépio. E de ganhar presente. Mas foi ao me tornar adulta, que verdadeiramente compreendi o sentido do Natal: amar o próximo! Parece simples, mas a humanidade tem criado diversos outros sentidos para esse momento. Além do consumismo e o exagero nas festas, há também as frustrações dos que não se sentem incluídos nesse meio.

Tem até uma competição entre o Papai Noel e Jesus! Pra mim, tudo que é exagerado, é nocivo. Conheço pessoas que não presenteiam ninguém nesse período para combater o consumismo. Há também os que não participam das comemorações por não terem uma roupa nova. E há aqueles que confundem natal com carnaval. 

Será que não há como se ter um equilíbrio nisso tudo? Por que os presentes precisam ser caros? Não há nada que podemos dar com carinho? Por que a roupa precisa ser nova? Por que festas tão glamourosas para comemorar a vinda de alguém que tanto falou em simplicidade?  O que Jesus diria a respeito, considerando suas ações quando esteve na terra? 

Sobre a figura do Papai Noel e o pensamento de Jesus, não creio que ele seria tão punido pela ideia de presentear pessoas. Eu já me emocionei com inúmeros filmes que retratam sua história e não o considero o vilão que tomou o lugar do aniversariante. 

Tanto que criei uma historinha com base em alguns fatos considerados reais de acordo com pesquisas na internet sobre a história do Papai Noel:

Um amigo de Jesus

Em um tempo muito distante, ainda no século III, havia pessoas que sofriam por dificuldades financeiras...
Jesus ciente disso pensava em quem enviaria a terra para falar novamente de seus ensinamentos. Lembrou-se de Nicolau que o atendeu prontamente, logo que comunicado, com a missão de relembrar que devemos “amar o próximo como a si mesmo”.

Nicolau nasceu, cresceu e quando adulto tornou-se um homem bom, que ajudava crianças e necessitados. Sempre que alguém passava dificuldades, Nicolau passava e jogava um saquinho com moedas de ouro pelas chaminés e janelas das casas, ajudando quem precisava. Também falava para as pessoas sobre os ensinamentos de Jesus e quando encontrava com religiosos da época, recordava a passagem de Jesus na terra, contidas nos evangelhos.

Depois de concluída a missão, encontrando-se com Jesus, Nicolau pediu uma segunda missão: Continuar ajudando as pessoas mesmo depois de sua partida da terra. E Jesus assim concedeu.

Durante o sonho conversava com as pessoas orientando e ajudando com bons conselhos. Como ele havia partido durante o mês de dezembro, resolveu realizar seu trabalho com o compromisso de lembrar às pessoas a importância da vinda de Jesus, nesse período do ano. Nos sonhos conversava com as pessoas para que praticassem o bem e ajudassem os mais necessitados, além de contar como Jesus nasceu.

Muitos anos depois, um desenhista chamado Thomas acordou com a lembrança de um desses sonhos. Um velhinho gordinho de barba branca, com uma roupa vermelha e um sorriso que inspirava bondade lhe falando da importância de fazermos o bem.

Thomas logo tratou de desenha-lo, o chamando de Papai Noel para que crianças órfãs pudessem sonhar com um papai durante o Natal e receber presentes como Jesus recebeu dos Três Reis Magos ao nascer.

Nicolau e Jesus ficaram muito contentes com a ideia de Thomas e resolveram que Nicolau seria conhecido como Papai Noel, inspirando pessoas a praticar o bem e exercitar o amor sempre no período do Natal. Não apenas para as crianças órfãs, mas ajudando a todos os papais e mamães a terem trabalho para que pudessem presentear suas crianças, algo semelhante ao que vazia na terra, jogando moedas pelas chaminés, reforçando o trecho da oração ensinada por Jesus "...pão nosso de cada dia, dai-nos hj...". 

Ho,ho, ho... Que nesse Natal possamos procurar fazer o bem a alguém, como nos ensinou Jesus!

FELIZ NATAL!!!

Fontes de pesquisa:
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/historiadopapainoel.htm acesso em 14/12/2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Educação Inclusiva, por quê e para quem?

Para se entender educação inclusiva, é preciso esclarecer que a inclusão não é restrita apenas aos indivíduos com deficiências ou necessidades especiais, mas a todo ser humano que se enquadre no perfil de excluído pela sociedade, seja pela sua classe social, gênero, nacionalidade ou patologia do qual é vítima, dentre outros aspectos, sendo essa concepção o primeiro problema enfrentado por educadores e entidades que atuam com esse fim. A maioria das pessoas desconhecem a abrangência da inclusão.     
 
Considerando as dissociações que separam os indivíduos deficientes e com transtornos do ambiente escolar, podemos entender que trata-se de um outro problema. A falta de informações coerentes,  ausência de conhecimento sobre o diagnóstico de um aluno e estrutura sem acessibilidade também dificultam o trabalho de inclusão, sendo necessário compreender aspectos orgânicos,  cognitivos,  sociais,  emocionais e pedagógicos.
 
É certo que viver em condições de extrema pobreza, acarreta problemas que afetam diversos setores na vida do ser humano, dentre eles as oportunidades de se frequentar uma escola e baixo rendimento de aprendizagem, sendo esse outro obstáculo para uma educação inclusiva satisfatória.
 
Entretanto, o principal desafio da inclusão está no preconceito da sociedade, seguido da descrença na eficácia de tal prática. O medo, as ideias preconcebidas de outras gerações e o juízo por parte do grupo social que se contrapõem aos excluídos é a grande barreira na sociabilização de todos. As características sociais, culturais e emocionais de quem se sente receoso na inclusão de indivíduos intitulados especiais, pobres ou com alguma outra necessidade inclusiva, tornam a proposta da educação inclusiva mais desafiadora do que poderia ser.
 
O desinteresse por parte de instituições e órgãos governamentais também fazem parte dos problemas que afetam o assunto, com a inexistência de políticas educacionais inclusivas, currículos escolares com esse fim e iniciativas que promovam a discussão do assunto. Sobre isso, centralizando no papel da escola, a baixa prioridade de capacitação aos profissionais da educação e o distanciamento entre família e escola, dificulta o alcance de bons resultados para a educação de maneira geral, que dirá sendo a mesma inclusiva.
 
Ciente disso e diante de uma nova dimensão social, criar mecanismos favoráveis no processo de ensino aprendizagem, que contribuam para o desempenho almejado pelos teóricos da educação em uma educação de qualidade para todos, torna-se prioridade em todas as camadas sociais, sendo importante mostrar para a sociedade as desvantagens em se ter indivíduos excluídos, tendo como principal prejuízo o baixo desenvolvimento social e econômico.

Tendo em vista que as desigualdades sociais existentes em todo o mundo vitimizam indivíduos vulneráveis socialmente por condições relacionadas a deficiências físicas, transtornos psicológicos ou pobreza, uma imensa parcela na sociedade é excluída do ambiente escolar. O enfrentamento dessa realidade, leva a crêr que é preciso a extinção das desigualdades para o desenvolvimento econômico, social e emocional, enfatizando nesse último aspecto as questões referentes ao preconceito.
 
O desafio de estabelecer espaços para que esses indivíduos tenham as mesmas oportunidades dos demais, despertam a reflexão para a necessidade de uma transformação dentro do contexto educacional e todos os sistemas de ensino que promovam novas possibilidades humanas e condições mais justas para todos.
 
Sob esse entendimento, é certo que todos os países do mundo, movimentam essa concepção, considerando uma herança histórica dos dilemas que assolaram o planeta, como guerras e escravidão, além da ausência de conhecimento em torno dos transtornos psicológicos e acessibilidade para o deficiente físico. Assim, a escola como principal instituição na responsabilidade de estabelecer a autonomia e o crescimento pessoal, tornou-se o cerne da questão com ênfase na Educação.
 
Nesse sentido, as estratégias pedagógicas defendidas pelo principais teóricos educacionais e suas relações com o mundo moderno, estabelecem um paralelo significativo na proposta de educação inclusiva, com obstáculos e perspectivas de bons resultados para a extinção das desigualdades.
 
As iniciativas para esse caminho, estão em criar elementos que direcionem a prática inclusiva, com novas definições no processo de ensino-aprendizagem, envolvendo instituições governamentais, pedagogos, psicopedagogos, psicológos, psiquiatras, professores, alunos (principalmente crianças), família e todos os profissionais que atuam nas instituições de ensino, desde os colaboradores da limpeza até os administrativos. Cabe a cada indivíduo em contato com outro que esteja dentro do critério de excluído, conhecer a importância de seu papel na transformação de uma nova sociedade.
 
O avanço da Educação, depende de um novo modelo social que fundamenta-se na implementação da reflexão sob o respeito as diferenças, com práticas inclusivas nos estabelecimentos de ensino, que contribuam para o fim das desigualdades sociais, através do desenvolvimento humano.

E que é capaz de promover esse novo modelo social? Todos! Todos aqueles que fazem parte da sociedade, incluindo os próprios excluídos.

Sugestão de leitura: Educação Inclusiva, Contextos Sociais de Peter Mittler

domingo, 7 de setembro de 2014

Quando a emoção está a mercê da depressão

"Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós. e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve". Jesus (São Mateus, cap. XI, v. 28, 29 e 30)

Muito se tem dito sobre um dos males que só aumenta nesse século: A depressão. Os dados da Organização Mundial de Saúde – OMS afirmam que 350 milhões de pessoas, sofrem de depressão no mundo.  Definida como melancolia na antiguidade por Hipócrates, 400 a.C, a tristeza e perda de interesse são as principais características.

Ainda pouco respeitada como doença por desconhecedores de seus males, podemos dizer que é uma doença silenciosa, com caminho tortuoso, que pode ter como ponto final, o suicídio. É um mal que acomete crianças, jovens e adultos, tendo tipos específicos em alguns casos como a depressão infantil ou a depressão pós-parto. Seu nível de gravidade, se dá desde uma distimia (leve depressão) a gravíssima, ocasionando o suicídio. Seus principais sintomas são: tristeza e euforia, choro frequente, perda ou aumento de peso, insônia e excesso de sono, isolamento social, sentimentos de culpa e de desamor, ansiedade e comportamento suicida, com tentativas em casos gravíssimos.

Ao contrário do que parece, o indivíduo que sofre com a depressão mais almeja é ser feliz. Seja qual for seu ideal de felicidade, a ausência de condições que o felicite, é o que ocasiona a doença, promovendo pensamentos destrutivos de incapacidade em sentir a almejada realização.

O peso dos sintomas que a doença causa, em especial a tristeza e o abatimento é o que mais se confronta com a vontade de ser feliz, abrindo portas para a fuga da dor pela não felicidade: Dormir pra tentar esquecer a sensação de infelicidade; comer para sentir prazer; fumar para acalmar a ansiedade; fazer uso de substâncias psicoativas (álcool, drogas e medicamentos) com a ilusão de prazer momentâneo e tudo que possa mascarar sua realidade.

A crise existencial por não atingir seu ideal de felicidade, gera pontos de vista que se fortalecem na medida em que a doença evolui, como: sou um fracasso; sou um nada; a culpa do meu sofrimento é de fulano, minha família, meu país ou meu passado; não mereço amor; ninguém me ama; não sou o padrão de beleza, inteligência, riqueza ou sucesso para a sociedade; não quero mais viver; não aguento mais.

Um caos mental se instala e além de fugas e excesso de pensamentos destrutivos, o indivíduo insatisfeito vê também seus medos e angústias aflorados, fazendo com que se isole das pessoas, por receio do julgamento de outros, afinal, “o que as pessoas irão pensar?”, demonstrando o orgulho disfarçado de covardia.

No fundo o que mais se quer é ser feliz! Mas, para ser feliz, tudo precisa ser perfeito, sem frustrações, sem os naturais “nãos” da vida. É preciso ser rico, ter sucesso, ser amado pela pessoa que quer (às vezes nem sabe se ama, mas quer), nada pode dar “errado” (segundo seus padrões), porque só é ou será feliz se for pai, mãe, casado (a), amado (a), formado (a), bonito (a), magro (a), popular, famoso (a) etc. Isso sempre no limite de tempo definido pelo individuo, que tem pressa, afinal, sofrer por não ter algo que quer é muito pesado e a necessidade de livrar-se da angustia o mais rápido possível é urgente. Há uma ausência de paciência e esperança.

Estabelecer situações que nos faça felizes é normal e natural do ser humano. Tanto que quando não somos nos sentimos mal. Mas querer que tudo aconteça ao seu modo é um erro. Quantas pessoas adotam filhos por não poderem gera-los? Quantos acreditam não serem amados, descobrindo mais tarde que o são e entendendo que estava errado sobre o que acreditava? Quantos entram na faculdade depois dos 30, 40, 50... anos? Quantos mudam de profissão? Quantos acreditam não serem bonitos, quando na verdade o são? Quantos querem  ter o peso ideal e correm atrás de obtê-lo saudavelmente? Quantos são famosos, populares e ainda assim infelizes? Quantos vivem felizes mesmo sem saúde, aceitando sua adversidade com resignação?

Saber lidar com as dificuldades é a grande questão! É daí o ponto de partida para a prevenção ou o tratamento da doença. Todos sofrem por algum motivo e em algum período da vida, mas não para sempre e nem pelo mesmo motivo. Se pensarmos em nossas vidas há um ano percebemos que havia problemas a resolver. O mesmo para 5 anos, 10 anos... Passou? Aprendemos algo com esses momentos? Com certeza! Hj os problemas são outros? E tenhamos certeza, de que esses também passarão! Problemas e dificuldades sempre vão surgir e entender nossa conduta emocional é o que nos encoraja aos enfrentamentos. O modo de vermos as situações nos dá uma consciência do tamanho do problema. Um exemplo ilustrativo disso é a história do “copo meio cheio, meio vazio”. Depende de quem vê. Buscarmos saídas, tentar ver a tal “luz no fim do túnel”. Encontrar um novo caminho. A expressão “não há remédio pra morte” é bem conhecida e atormenta todos aqueles que acreditam terem perdido seus entes queridos. Há muitos modos de refletirmos a respeito disso. É preciso encontrar meios de conviver com a realidade. A saudade existe, dói!  O que fazer? Encontrar um caminho para se continuar vivendo. Pensar que aquele que partiu, não gostaria de ver a pessoa que ama paralisado, sem vontade de viver. Buscar conforto na oração. Viver em homenagem ao que partiu, buscando meios para preservar sua memória. Olhar para céu e conversar com alguma “estrelinha” como ensinamos as crianças. Ou olhar para o mar ou uma foto. Conversar com um psicólogo, buscar a terapia, um religioso, alguém de sua confiança. Fazer algo que o permita continuar vivendo, mesmo sem seu alguém, entendendo que todo ser humano um dia se vai, cedo ou tarde. É uma condição natural que pode acontecer a qualquer momento.  

O que dizer então de outros tipos de sofrimento? Para encontrar exemplos de saídas para todos os problemas existentes no mundo, seria necessário publicar um livro. São diversos os mecanismos de defesa que podemos encontrar para proteger nossa emoção. Mas o maior e melhor deles é crer em Deus. Com todo respeito aos que acreditam que se possa separar a crença em Deus dos problemas que enfrentamos, afirmo que viver sem acreditar nele é o combustível para se sofrer mais.

Se observarmos bem, os que creem em Deus sofrem mais resignados e por isso mais aliviados nos momentos difíceis. Alguns dizem: acredito em Deus, mas não tenho religião! Outros dizem que gostam de determinada religião, mas não frequentam. Outros dizem acreditar, mas na verdade dizem por dizer. Essa é uma questão muito relevante quando falamos de depressão, porque está relacionado à fé. A religião é a direção para se entender a existência de Deus. Não aceitar isso é renunciar o conhecimento mais útil na hora de sofrer. É preciso conhecer, entender os “por quês”. É muito fácil ir uma vez ou poucas vezes a um lugar religioso e discordar de tudo, afirmando que Deus não existe. Existe! Frequentem mais de um lugar até encontrar um que o façam senti-lo. Busquem leituras com explicações de sua existência. Procurem na história da humanidade exemplos dos que descobriram que ele existe: Santo Agostinho, Paulo de Tarso, Albert Einstein, Isaac Newton, Thomas Edison... Conversem com quem acredita nele e perguntem por que acreditam? Procurem por ele e o encontrarão! Mas não vivamos na crença de que sofremos em vão, de que a vida começa e termina sem um sentido maior.

Até existirem crenças não religiosas, de que Deus não existe, a depressão tomará conta da humanidade, agravando-se com o suicídio, sem a esperança de que dias melhores existam.

Fontes pesquisadas e sugestões de leitura:

FRANCO, Divaldo; ÂNGELIS, Joanna. Iluminação interior. Ed. Alvorada. Salvador. 2006
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. Ed. Objetiva. Rio de Janeiro. 24ª edição.
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Ed. IDE. São Paulo. 1978
MANZOTTI, Reginaldo. Feridas da alma. Ed. Agir. 2012
LARANJEIRA, Ronaldo; CORDEIRO, Daniel; DIEHL, Alessandra. Dependência Química. Ed. Artmed. 2011
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=61-r6znpg5s Acesso em 06 de setembro de 2014.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=20VG7bdZ1Lg Acesso em 07 de setembro de 2014.
Biblia - novo testamento. 









domingo, 20 de julho de 2014

Por que a Pedagogia é uma das grandes paixões da minha vida?

"Pois ser mestre é isso: ensinar a felicidade!" 
Pedagogo e escritor Rubem Alves

É certo que o pedagogo é um sujeito preparado para exercer funções educativas, voltadas para operacionalização de projetos, prática e didática pedagógica, atuando em instituições de ensino, empresas, hospitais, associações e entidades que trabalhem para a formação humana. 

Embora a definição acima resuma um pouco as características de um profissional da pedagogia, devo considerar a ideia de que o pedagogo reúne mais qualificações do que é possível presumir. Durante a execução de suas funções o pedagogo em alguns momentos também assume o papel de psicólogo, psiquiatra, psicopedagogo, administrador, enfermeiro, fonoaudiólogo, sociólogo, filósofo, advogado, assistente social, dentre outros exemplos. 

Essa relação com outras profissões não é algo explícito, mas significativo na atuação desse profissional. Na área escolar é importante que compreenda os diversos tipos de patologias que envolvem o processo de aprendizagem, entendendo a importância da Inclusão no atendimento a alunos possuidores de dislexia, discalculia, disgrafia, DA (Déficit de atenção), hiperatividade, TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), síndrome de down, autismo, síndrome de asperger, síndrome de tourette, deficiência auditiva, visual dentre outros assuntos ligados a psiquiatria, psicologia e psicopedagogia, imprescindível também ao pedagogo. 

Como gestor escolar, as qualificações de um administrador são fundamentais no exercício de um bom trabalho, caracterizando também supervisores e coordenadores tanto para pedagogia educacional, como empresarial e hospitalar. 

Atuando com crianças o risco de acidente existe e em se tratando de alunos portadores de síndromes o cuidado torna-se maior, atuando como "verdadeiros" enfermeiros, principalmente em creches e berçários.

Dificuldades na fala, deficiências auditivas ou visuais são da especialidade de um fono ou oftalmo e um pedagogo que conhece libras ou braille terá mais facilidade de realizar seu trabalho caso precise. 

Aspectos da sociologia e filosofia serão importantes no trato de assuntos que envolvam a sociedade e ambientes frequentados por adolescentes demandam um esforço a mais em se tratando de Educação. 

A separação dos pais é sempre um processo "traumático" para os filhos e o pedagogo que precisa lidar com conflitos familiares trazidos por seus alunos torna-se um pouco advogado em algumas situações. O mais preocupante atualmente é a Alienação Parental, além de bulling e preconceito.

Por diversas vezes, a pedagogia atua em paralelo com outras áreas profissionais como o serviço social diante de projetos sociais, abrigos, ONGs e associações. 

Considerando também o conhecimento em ciências, matemática, português, geografia, história, artes... além da compreensão de que o aspecto emocional é o foco de seu trabalho, necessitando entender de motivação, criatividade, empatia e sensibilidade. 

Tudo isso resume o amor do pedagogo pela área e são diversos os exemplos que existem de tudo que está dito aqui! 









sábado, 19 de abril de 2014

A dor da despedida

A vida nos reserva muitos momentos felizes. E infelizes também... O sofrer é inerente a todos os seres humanos e nesse sentido a dor de deixar alguém partir é amargo, angustiante, mesmo quando a partida é para o bem do outro.

Somos dotados da necessidade de estar com alguém, de sentir acolhimento e aconchego.  Em alguns lugares do mundo as pessoas são educadas para a separação, para romper o laço familiar depois de uma determinada idade. No Brasil esse comportamento não é freqüente e estar com quem se ama é fundamental para nós brasileiros.

Assim, fica fácil entender porque temos a fama de acolhedores, fraternais ao recebermos alguém. Abrir a porta de nossa casa e colocar “mais água no feijão” como disse o Papa Francisco em seus dias no Brasil.
Essa nossa proximidade natural, nos revela a dificuldade em nos despedirmos por motivos de viagem, como também pela partida terrena. Mesmo amando alguém que sofre com uma doença, não nos acostumamos ao fato de que é melhor deixarmos nosso ente querido ir, ao invés de vê-lo debilitado e infeliz. Esse apego também se dá por descrença de outro plano, pelo fato de não conhecermos como funciona a vida espiritual ao partirmos.

Independente de como nos sentimos em relação aos que se vão, faz-se necessário a compreensão de que devemos desejar a felicidade e o bem-estar do outro sempre. Pensarmos que entre as dores físicas de quem amamos e a nossa dor da saudade, o mais importante é almejarmos a felicidade do outro, para que tenhamos a nossa.

Quando nos sentimos felizes pelos outros, uma salutar sensação de bem-estar nos fortalece ante a saudade que incomoda.


Confiar em Deus é uma boa dica!

sábado, 22 de março de 2014

Com quem as crianças de hoje passam parte do seu tempo?

Para a grande maioria das pessoas, Educação nada mais é do que ensinamentos, aprendizagem escolar e instituições vinculadas ao tema. Penso diferente! Educação é formar um ser humano naquilo em que ele deve ser, afinal trata-se de pessoas com capacidade de raciocinar, sentir, transformar.

Diante disso, tenho verificado um grave problema nas instituições que atuam na área: Profissionais sem a visão de importância do seu papel como educador. Gosto do pensamento de Jung que diz: "Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana". Ele se referia aos psicólogos, mas creio que possa muito bem ser aplicado a médicos, enfermeiros, babás ou qualquer outro tipo de profissional que trabalhe com crianças, jovens, adultos e idosos, principalmente professores que trabalham com crianças! Por que reforço isso? Porque são os mais indefesos. Um jovem, adulto e mesmo um idoso bem debilitado, percebe rapidamente quando são maltratados e por mais sincera que seja uma criança, isso nem sempre é percebido por eles diante de pressões e agressões psicológicas.

Um bebê e uma criança quando maltratada, pode indicar repúdio ante o agressor. Mas quando se trata de instituição de ensino, isso é mais complexo do que se imagina. Os pais entregam seus filhos nas escolas, com o sentimento de que ali é o lugar ideal para que passem horas de suas vidas. Exemplo disso a crescente escolha pelo ensino integral. Pensando assim, imagino que uma criança chegando às 7:00 hs e saindo às 17:00 e ás vezes 18:00 hs por 5 dias consecutivos, passa mais horas no ambiente escolar do que com a família, considerando a necessidade mínima de 8 horas de sono. Nesse sentido, esses pais acreditam no ambiente seguro, com regras definidas, espaço para sociabilização, aprendizagem sob muitos aspectos, boa alimentação, profissionais preparados... Ops! Preparados? Será mesmo?

Qual o nível de paciência e tolerância de um profissional que trabalha com 20 crianças ao mesmo tempo? Sabemos que os castigos corporais foram abolidos das instituições de ensino no Brasil e na maioria delas as variadas formas de castigo também. Atualmente as faculdades orientam atividades lúdicas, métodos e técnicas pesquisadas, como meio de adquirir conceito de regras e disciplina.

O problema é que alguns profissionais ainda não absorveram essa ideia, cada vez mais crescente como modo de educar e parecem saidos da década de 80, pulando para 14 anos após o início do século XXI, como que perdidos em meio a crianças altamente ativas, com pensamento crítico de tudo, parecendo pequenos anões diante do mundo tecnológico e globalizado que as cercam. Quem são esses profissionais? São aqueles que só se preocupam com o conteúdo a ser passado, que se utilizam do fato de serem "autoridade" dentro da sala para ameaçar e agredir psicologicamente uma criança como forma de "educa-la" (puni-la!). São pessoas que não possuem uma das principais características de um bom profissional, em qualquer área: Empatia! ou seja, capacidade de se colocar no lugar do outro.

Ainda existe profissional assim? Mais do que imaginamos. De onde eles surgem? Da vida. Da opção que tiveram em ser professores, como profissão mais acessível e não por gostarem de crianças ou do ato de ensinar. Da fuga da sala de aula, como ouço de muitos pedagogos, tornando-se gestores para o prazer de comandar uma área que tiveram pouca vivência. Das frustrações que possuem na vida, liberando-as em crianças que são obrigadas a fazer silêncio diante da leitura de um texto lido ás 16:30, de modo cansativo, tornando-o desinteressante tanto para quem ouve, como para quem lê. A desatenção é assim considerada falta de respeito, bem como tantos outros conteúdos que precisam ser apresentados, mesmo que não seja útil para sua formação. Isso quando as crianças não são facilmente "diagnósticadas" prematuramente por pessoas sem o menor conhecimento de patologias, como dislexia, discalculia, TDAH e etc. E quando diagnósticadas, imediatamente medicadas, sob o efeito de substâncias como a ritalina, que pra quem não sabe foi utilizada na segunda guerra mundial.

Isso significa dizer que devemos ser sempre compreensivos e "bonzinhos" com nossos alunos? Nada disso! É preciso diferenciar o significado de ser autoritário e ter autoridade. É preciso saber dizer "não", sem humilhar, sem desespero, com firmeza e acima de tudo clareza nos "porquês" dos "nãos". Isso é um tema que requer outro texto, mas posso resumir dizendo que, um professor ao assumir uma sala de aula nos dias de hoje, já sabe as características possíveis do comportamento de uma criança. Sabe que aos 2 e 3 anos eles irão imitar o comportamento dos colegas, que irão se utilizar de uma fala egocêntrica, que podem morder, como meio de se comunicar. Sabem que aos 4 e 5 anos a capacidade de concentração é de no máximo 40 minutos e que a imaginação é muito fértil. Sabem que aos 7 irão começar a formar grupos, que possuem maior vocabulário e capacidade de compreensão, discussão e enfrentamento de situações emocionais... Enfim, para cada idade há pesquisas que nos ajudam a conhecer nossas crianças e nesse caso, pergunto, por que não evitar aulas entediantes e os gritos em sala de aula? Por que não fazer uso das tecnologias disponíveis? Por que não buscar ajuda psicológica ante o stress?

Duas palavras resumem a necessidade dos alunos nos dias de hoje: Criatividade e motivação.

Se por lei é um crime agredir psicologicamente um profissional, considerado isso Assédio Moral, que nome eu posso dar a um professor que se utilizar do medo, como meio de conseguir controle de crianças durante a aula? Como defino um professor que expõe uma dificuldade de aprendizagem de uma criança ante outras crianças? O que fazer diante de pais desavisados que até pedem para que o professor seja severo com seus filhos? Por que o pensamento retrógrado de que o professor manda e deve ser obedecido ainda persiste em nossas escolas?

Fontes: Disponível em: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/professores-sim-carrascos-nao.htm acesso 22/03/2014

Prazeres, M.F. A urgência de uma educação mais humana e cidadã. Revista Construir. Recife, dezembro 2011.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Doces recordações!

  Lendo os textos da Formação Pedagógica da Escola Jacira Lima, tive o contentamento de reviver memórias do meu passado que me trazem doces recordações da infância e de uma das minhas amadas da família.

Os textos referem-se a importância da contação de história para a formação emocional e cognitiva do ser humano, enfatizando também as diferenças entre lê-las e conta-las. Os significados atribuídos na imaginação durante uma contação de história, agregam forte aprendizado no desenvolvimento do ser durante o período da infância. As consequências em se reprimir a imaginação nessa fase, podem trazer a um indivíduo dificuldades em controlar os impulsos na vida adulta. O ato de contar história desenvolve nas crianças, aspectos emocionais que formam e traduzem as mais diferentes emoções.

Minha prima Jéssica, aos 3 anos de idade (hj com 22 anos) ao passar uma tarde comigo, me mostrou o quanto uma história pode nos trazer as mais variadas emoções. Para ela não chorar pela ausência da minha tia que havia saído, eu comecei a contar a história da Branca de Neve, que eu ouvi na minha infância. Ela atenta a todos os detalhes enquanto eu contava, me olhava fixamente, fazia perguntas, me fazendo entender que ela estava gostando da minha história. Tal foi a minha surpresa, quando eu disse: "... e então a Branca de Neve caiu desmaiada. Quando os anões chegaram e a viram no chão se assustaram, mas não conseguiram acorda-la e muito tristes, começaram a chorar...", e ela também começou a chorar! Chorava dizendo que queria que a Branca de Neve acordasse.

Eu fiquei aflita! E agora? O objetivo era não faze-la chorar, rsrsrs. Hoje rimos dessa situação, mas no dia?! Passei um sufoco! Bom, o fato é que hoje, enquanto comemoro seu aniversário, morro de saudade desse dia! rsrsrs

Um dos aspectos mais relevantes da infância é a capacidade de fazer de conta, estando associada ao desenvolvimento intelectual,  incluindo a linguagem corporal. Ao imaginar, a criança elabora em sua linguagem,  as relações com o meio em que vive e a consciência de si, articulando expressões corporais e o desenvolvimento cognitivo,  social e emocional.

Assim, ao contarmos uma história, estimulamos a linguagem através da imaginação,  estabelecendo um vínculo entre  o que a criança vê, ouve, sente e compreende, proporcionando estímulos que ajudam tanto no processo de aprendizagem, como de desenvolvimento.