sábado, 19 de abril de 2014

A dor da despedida

A vida nos reserva muitos momentos felizes. E infelizes também... O sofrer é inerente a todos os seres humanos e nesse sentido a dor de deixar alguém partir é amargo, angustiante, mesmo quando a partida é para o bem do outro.

Somos dotados da necessidade de estar com alguém, de sentir acolhimento e aconchego.  Em alguns lugares do mundo as pessoas são educadas para a separação, para romper o laço familiar depois de uma determinada idade. No Brasil esse comportamento não é freqüente e estar com quem se ama é fundamental para nós brasileiros.

Assim, fica fácil entender porque temos a fama de acolhedores, fraternais ao recebermos alguém. Abrir a porta de nossa casa e colocar “mais água no feijão” como disse o Papa Francisco em seus dias no Brasil.
Essa nossa proximidade natural, nos revela a dificuldade em nos despedirmos por motivos de viagem, como também pela partida terrena. Mesmo amando alguém que sofre com uma doença, não nos acostumamos ao fato de que é melhor deixarmos nosso ente querido ir, ao invés de vê-lo debilitado e infeliz. Esse apego também se dá por descrença de outro plano, pelo fato de não conhecermos como funciona a vida espiritual ao partirmos.

Independente de como nos sentimos em relação aos que se vão, faz-se necessário a compreensão de que devemos desejar a felicidade e o bem-estar do outro sempre. Pensarmos que entre as dores físicas de quem amamos e a nossa dor da saudade, o mais importante é almejarmos a felicidade do outro, para que tenhamos a nossa.

Quando nos sentimos felizes pelos outros, uma salutar sensação de bem-estar nos fortalece ante a saudade que incomoda.


Confiar em Deus é uma boa dica!