A vida nos reserva muitos
momentos felizes. E infelizes também... O sofrer é inerente a todos os seres
humanos e nesse sentido a dor de deixar alguém partir é amargo, angustiante,
mesmo quando a partida é para o bem do outro.
Somos dotados da necessidade de
estar com alguém, de sentir acolhimento e aconchego. Em alguns lugares do mundo as pessoas são
educadas para a separação, para romper o laço familiar depois de uma determinada
idade. No Brasil esse comportamento não é freqüente e estar com quem se ama é
fundamental para nós brasileiros.
Assim, fica fácil entender porque
temos a fama de acolhedores, fraternais ao recebermos alguém. Abrir a porta de
nossa casa e colocar “mais água no feijão” como disse o Papa Francisco em seus
dias no Brasil.
Essa nossa proximidade natural,
nos revela a dificuldade em nos despedirmos por motivos de viagem, como também
pela partida terrena. Mesmo amando alguém que sofre com uma doença, não nos
acostumamos ao fato de que é melhor deixarmos nosso ente querido ir, ao invés
de vê-lo debilitado e infeliz. Esse apego também se dá por descrença de outro
plano, pelo fato de não conhecermos como funciona a vida espiritual ao
partirmos.
Independente de como nos sentimos
em relação aos que se vão, faz-se necessário a compreensão de que devemos
desejar a felicidade e o bem-estar do outro sempre. Pensarmos que entre as
dores físicas de quem amamos e a nossa dor da saudade, o mais importante é
almejarmos a felicidade do outro, para que tenhamos a nossa.
Quando nos sentimos felizes pelos
outros, uma salutar sensação de bem-estar nos fortalece ante a saudade que incomoda.
Confiar em Deus é uma boa dica!